24.6.07

Os números e a desvalorização do Ensino Superior


O Brasil é um país que vive de aparências, um país que quer mostrar aos outros que também está no mesmo patamar. A cada pesquisa, lista, números e dados coletados, o país tenta se basear naquilo para corrigir os erros e, quem sabe, na próxima lista estar numa colocação melhor nas pesquisas, com dados positivos, esse foi e é um dos grandes problemas, pessoas que somente se baseiam em relatórios e gráficos, parecem não ver que existe muitas pessoas longe do campo de visão analítica, não vêem que as pequisas são inseguras, aliás muito inseguras.

Uma das principais metas era colocar mais pessoas nas escolas, tentando diminuir o analfabetismo, tentando diminuir a repetência dando assim a impressão que o ensino é uma maravilha, tudo isso para sair uma pesquisa positiva em algum jornal “Em 8 anos aumentou o numero de pessoas que concluíram o Ensino Médio”, mas fizeram uma grande merda, conseguiram desvalorizar mais ainda o falido sistema de ensino, muitos terminaram o ensino médio como um semi-letrado que ao menos sabe fazer uma leitura decente, logo o certificado de conclusão não garantia que uma pessoa fosse ao menos letrada, 11 anos de rotina escolar jogadas fora para poder fazer média na ONU. Talvez a geração criada por mães solteiras, que criaram na televisão a imagem paterna não saiba disso, talvez eles achem que a repetência somente por faltas é uma maravilha.

Serão eles e todos aqueles que saíram dessas escolas que terão que ficar contentes em empregos medíocres em sub-empregos, mas seu papai televisivo lhe ensinou que vencedor é aquele que tem uma casa, um carro, que ande na moda, que viaje e gaste bastante. Claro que ele vai seguir o que o pai lhe disse, procurar um emprego melhor e como não são poucos os filhos dessa geração, as empresas têm muito mais opções de escolhas e vão criando critérios cada vez mais minuciosos e humilhantes para os candidatos, dinâmicas em que precisará ficar pulando em uma perna só gritando o chavão da empresa pode ser um dos métodos.

Claro que alguns não vão se sujeitar a isso e irão procurar melhorar o curriculum cursos desnecessários, diplomas inúteis e é claro a faculdade. Mas são muitos, o que gera mais de 30 faculdades em cada avenida, milhares de escolas de informática e inglês, esse fenômeno transformou o ensino em negócio, (quase) ninguém vai a uma faculdade por gostar de estudar mas sim por simples questão de sobrevivência, alguns irão parar na metade e vão desistir, outros vão pular de curso em curso até perceberem um dia que não gostam de estudar, outros vão continuar em seus sub-empregos sonhando com a casa ,o carro, com as roupas e as viagens, já outros vão buscar de um jeito mais ostensivo assaltando, roubando ou traficando. Os mesmos ostensivos vão parar na mesa de alguma reunião em forma de gráficos e números alarmantes de violência e por aí segue a administração incompetente do Estado vestindo um santo e desvestindo outro. A impressão que fica é que somos um monte de cães raivosos correndo em círculos amarrados ao poste da ignorância.
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1 comentários:

geografia disse...

Que texto mais ignorando e desnecessário. Sem respeito ao próximo,

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