Estava na minha cabine individual do trabalho, concentrado no Orkut, quando ao olhar para o lado percebo que Marcos estava passando mal, tossiu 2 vezes e apagou, de repente começou a estrebuchar... eu fiquei ali... observando atentamente, fiquei chocado como ninguém fez nada! Marcos então começou a estrebuchar mais forte e bateu a cabeça no monitor, derramando muito sangue, olhei para aquela cena e percebi que tinha de fazer algo, levantei e gritei: Vocês não vão fazer nada!? Era horário do almoço, e eu era o único na sala. Desci, fui almoçar uma picanhazinha, quando voltei sentei na cadeira e olhei para Marcos como quem não quer nada e para minha surpresa ele estava vivo, me olhou como quem pedisse ajuda, se arrastou 2 metros e depois de tremer freneticamente, desmaiou. Em estado de choque entrei no MSN com o nick: "O Marcos tá morrendo! façam alguma coisa!", fiquei offline, online, offline, online..Todos devem ter visto meu nick e não fizeram nada... Pulei o corpo de Marcos e fui beber uma água para me acalmar... Passou 3 dias ali.
Essa história resume um pouco da filosofia atual, resume a preocupação com o próximo, as pessoas vivem por aí chocadas com algo ocorrido, algo que viram na tv, ficam por aí comentando nas rodas de amigos, nos bares, nos tópicos de Orkut e nos pontos de ônibus, apenas falácias! Acontece algum crime bárbaro lá vem o povo pedir paz, pedir segurança, pedir leis mais severas e etc, hipocrisia politicamente correta. Por isso odeio o povo, independente de onde seja ou que classe seja, são todos iguais, covardes e sempre esperam que alguém resolva seus problemas, mas se não resolvem os próprios problemas, por que então vivem pedindo soluções para problemas alheios e fingindo comoção com eles? Alguém lembra de João Hélio, Lagoa da Pampulha, Champinha, o crime de Bragança Paulista e etc? Assunto passageiro, pessoas que somente repetem o que a tv passa, a tv para de passar, eles param de falar. Por isso nenhuma linha minha é dedicada a essas noticias, nenhuma linha minha é dedicada ao povo, nenhuma linha minha é dedicada a comoção, porque sinceramente eu não dou a mínima assim como todas as pessoas, entretanto não admitem.
Se não for resolver o problema calem-se serviçais da ignorância, poupem-nos de seus estardalhaços.
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