31.1.13

A grama verde do vizinho é mais verde (e você que plantou)

Se alguém te perguntar se você pensa no futuro, certamente você vai dizer que sim e vai passar pela sua cabeça o seu plano de carreira no seu trabalho, seus investimentos, seus estudos e o dinheiro que você guarda na poupança.
É, mas pensando nisso você nunca se liga nos detalhes, como quando você compra coisas que você não usa, por exemplo, aquela máquina de dar choque que você, depois de comprar, percebe que nunca vai conseguir usar e nem sequer teve coragem de testar na sua namorada, isso é não pensar no futuro! Você comprou algo que vai ficar no fundo da gaveta, você também nunca pensa que aquele dinheiro que você dá pro mendigo pode ser juntado e usado pra ele comprar uma arma e nunca mais pedir nada! Então eu lhe convido agora a sempre pensar no futuro antes de tomar uma decisãozinha banal e vou explicar porque, vem comigo.




Hoje estava na internet vendo como está a vida das pessoas no facebook, quando de repente vi a foto de Camila, conhecida minha que há tempos atrás namorava um gordão, ela estava sorridente em fotos com outro cara, sim ela tinha trocado de namorado. 


Lembro que quando ela deu os primeiros beijos no ex-namorado dela eu estava presente e achei que relação não ia passar disso, achei que ela tinha bebido demais e beijou o gordo por impulso. Errei claro! Pra minha surpresa ela e o gordo começaram a namorar, ele era conhecido como Montanha aqui pela área, o Montanha realmente era grande, calvo e tinha algum dinheiro já que trabalhava por conta. Tempos depois apareceu nas redes sociais fotos de viagem, noites de fondue, declarações, começaram a namorar e aí que entra o “pensar no futuro” aposto que os planos do Montanha era viver a eternidade com a namorada e ele achou que o investimento certo seria pagar o silicone para a namorada ficar turbinada, como todo gordo, Montanha não teve a malícia de nesse caso ter pensado no futuro, pagou o silicone pra namorada que conhecia há cerca de 1 ano! Mas a Camila era um investimento de risco, no fundo, qualquer mulher é investimento de risco!
Assim que colocou o silicone Camila foi engordando cada vez mais, estava se tornando uma montanhinha, os dois juntos já estavam se parecendo com o Pão de Açúcar. A relação de doce se tornou amarga e Camila acabou terminando com o Montanha.

Montanha não deu o silicone de presente pra Camila, foi um presente pro próximo, sim, pro próximo cara da vida dela. Tenho certeza que quando ele olha pro decote dela nas fotos com o novo namorado, sente algo muito pior que o que eu sinto quando olho pra minha máquina de dar choque no fundo da gaveta. Pior deve ser imaginar que talvez ela nem conseguisse esse namorado novo sem o silicone. Silicone é um imã de homens e se você já namora com a mulher, pra que porra vai por silicone nela? Você não é um bebê que precisa ser amamentado. Montanha é o lado da balança que paga silicones, do outro lado da balança está o sábio que usufrui deles. 

Quanto a mim sou só o monge que só observa isso porque valoriza peitinhos naturais e não compra sequer um sutiã pra mulher nenhuma.

29.1.13

Dica pra quem está construindo e reformando

Tinha chegado da rua, tirei o tênis, a meia e fui pro banheiro cagar, peguei um livro para ler um pequeno conto do Bukowski, ler enquanto se caga é uma terapia, por isso talvez, muitas pessoas digam que não cagam na casa dos outros, frescura pura eu sei, mas é a questão do conforto. Caguei rápido, mas continuei um tempo sentado na privada lendo até terminar o conto, o foda é que as vezes você consegue sentir a merda do cu secando enquanto você termina de ler e dá um certo desconforto, fazendo você ler rápido para limpar logo a bunda.
Terminando de limpar a bunda vem a parte que eu mais detesto no ritual de cagar dentro de casa: dar a descarga.
Depois que mudei para essa casa tive esse transtorno, toda vez que cago, dou a descarga e a merda da merda não desce, aí eu tenho que esperar cerca de 40 segundos a caixa d’água encher de novo para então poder acionar a descarga novamente, as vezes mesmo na segunda vez a merda não desce, aí eu desisto porque esperar 40 segundos no banheiro depois de cagar é uma eternidade, por isso vai a dica pra quem tá construindo e reformando: NÃO COMPRE ESSE TIPO DE VASO SANITÁRIO.



Compre aquelas Hidra que é instalado direto na parede, na minha casa antiga tinha essa, e eu nunca tive problema lá. É um jato forte que você só para de apertar quando toda merda tiver descido. Percebi que meu banheiro é um pequeno pedaço do mundo, mas que diz muita coisa sobre ele, relaxamos enquanto fazemos a merda, mas depois não queremos ter trabalho para se livrar dela, fiquem com essa reflexão.

27.6.12

Quanto tempo mais

O sol nasceu, mas não por completo, o dia é cinzento e frio, estou embaixo das cobertas, olho para o relógio para saber quanto mais tempo eu tenho para ficar deitado, não tenho mais tempo nenhum. Deveria estar de pé já.
 

Fico lá algum tempo tentando, mas logo levanto sem ânimo nenhum, vou para a pia escovo os dentes enquanto mijo a cor dele é a unica coisa amarela e viva naquele horário, dou a descarga, lavo as mãos e em seguida tomo coragem e lavo o rosto, caminho até a cozinha e coloco um café morno no copo e misturo com leite gelado, como estou com pressa bebo sem esquentar no microondas.

Vou até meu quarto visto uma camiseta qualquer do balde de roupas sem passar, coloco uma blusa por cima, visto as calças, a meia, o tênis, o cinto, carteira no bolso, celular, pego as chaves, a mochila com a comida dentro do pote e saio caminho com preguiça até o ponto de ônibus, espero 10 minutos até chegar o ônibus. Entro pela porta da frente após esperar os velhos descerem do ônibus, passo na catraca e encosto num dos cantos, nunca tem assento vazio para sentar. 


Quase todos os dias é isso, fico pensando até quando terei que fazer isso pelo resto da vida, de olho no relógio, esperando ônibus e velhos descerem deles, até que um dia eu seja um desses velhos acho que eles as vezes olham pro relógio da vida para saber quanto mais tempo eles têm, não têm nenhum, daqui a pouco está na hora deles se deitarem.

17.4.12

Enquanto não ando de limusine

Meu irmão sempre me diz que sou um para-raios de malucas, dou risada, mas no fundo sei que é verdade.
Ontem saí aqui do trabalho e aguardei o ônibus chegar, peguei o Aclimação porque tinha vindo primeiro e é um ônibus mais vazio, onde dá pra ir sentado apreciando uma boa leitura.

Entrei no ônibus e, como não tinha lugar para me sentar, fiquei pé encostado no canto mesmo, lendo um livro novo que comprei do Buwoski. Eis que do chega uma mulher e fica na minha frente, ela era ruiva, baixinha, aparentava ter minha idade ou pouca coisa mais velha, estava com uma daquelas blusinhas soltas tipo bata, uma leging roxa e no pé um par de havaianas. Chegou em mim com aqueles comentários de sempre.
- Nossa... ônibus lotado.
- Verdade. Disse isso olhando rápido o onibus e voltando para a minha leitura.
- Você conhece o John XXXX*? (não me lembro o nome do cara) disse ela olhando pro meu livro.
- Não, não conheço não, por quê?
- Então, o Bukowski começou a escrever depois de ler ele, leu e disse ‘Isso eu posso fazer’, é muito bom.

Nessa hora comecei a pensar que Buwoski era foda mesmo, afinal uma pessoa vir falar contigo porque está lendo ele, ninguém nunca abordou um cara que estava lendo a Bíblia, então já sabe o que quero dizer.

Depois disso ela me pediu o telefone emprestado e ligou para um cara vendendo um ingresso de um tal de Sebastian Bach (o único que conhecia era aquele de séculos atrás) após a ligação, começou a falar do dia dela que ela fez um escândalo na agência bancária porque a não deixaram sacar o cheque do salário, disse que derrubou as coisas, que o pessoal começou a falar que ia chamar a policia, que ligaram pro chefe dela e o cara xingou ela e passou o telefone de um psicólogo e começou a me pedir conselhos de como processar a empresa, a moça falava alto e rápido, parecia uma metralhadora.

Nessa hora já pensei, Bukowski é um caraio quem atraiu essa louca fui eu, tenho algo em minha cara que atrai as loucas, fechei o livro e comecei a ouvi-la, não dava pra dialogar com ela, só ela falava e eu concordava, eu sequer conseguia disfarçar minha falta de interesse, ela continuava falando e fiquei torcendo para que ela descesse no mesmo ponto que eu e eu chamasse ela pro motel pra explicar melhor essa história, cheguei a ficar de pau duro pensando nessa possibilidade, ao mesmo tempo fiquei pensando no que poderia dar errado já que ela não ia muito bem das faculdades mentais, é difícil colocar o pau na boca de uma pessoa que pode morder a qualquer momento.


Não consegui também falar nada mais íntimo com ela porque todo o ônibus ouvia nossa conversa, essas pessoas doidas falam alto e eu estava louco pra dar risada da situação, de repente ela começou a pedir conselho pra uma japonesa que estava na frente, voltei para meu livro, mesmo assim não conseguia dar atenção à leitura, ela falou mais um pouco comigo até chegar meu ponto, foi uma pena, ela não ia descer naquele ponto! Desci e tinha um monte de gente descendo do busão, uma loira magrinha dos peitões foi descer na minha frente e o motorista fechou a porta nela, juro caras, deu no meio da mina, ela ficou tipo travada na porta, a porta amassando os melões dela e ela dando uns socos na porta pra ver se abre e o povo gritando "Olha a moça presa aqui" abriu-se a porta e a mina saiu, visivelmente sem-graça e nervosa foi pra frente e começou a xingar o motorista, comecei a andar na frente e louco pra sair de vista dela.

Parei numa esquina e comecei a rir, rir muito! Da doida do busão e da loira que se fudeu na porta, finalmente consegui me divertir andando de busão, foi melhor que da vez que achei 200 pratas no acento.

*Se esse autor existir mesmo, me avisem. Quero o nome.

2.3.12

Catuaba

Hoje estava visualizando o album de fotos de uma companheira de trabalho e me deparo com a imagem abaixo. Imagine, uma mulher casada ganhando um pote com a genuína catuaba diretamente da amazônia, se olhar na embalagem um dos principais efeitos da catuaba é o de afrodisíaco. A moça casada, claro se empolgou tirou uma foto, colocou no facebook e, não por acaso, mencionou o marido no comentário.

O banana em vez de agradecer ao presente e fazer algum comentário sacana do tipo "Hoje tem mulé! Se prepare!", faz um comentário engraçadinho e bobo dizendo que vai vender.
Se esse cara ainda não é corno, creio que seja só uma questão de tempo até ela estar sentando no cacete de outrem e a mulher desse cara é uma delicia.

Eu entendo que quando se casa e relação deve ir esfriando com o tempo, não sou daqueles que acha que o homem tem que trepar sempre com a mulher, acho que tem que ser quando tem vontade, mas nessa foto está explicíta a insastifação da esposa e a tentativa dela de dar mais um gás à relação. Mas o marido em vez de se tocar prefere dar uma de Ary Toledo, todo gozadinho, mas ninguém goza com seus gracejos.

Esse é só o desabafo de alguém que não aguenta mais trabalhar com mulher de mau humor.




Obs: Óbviamente mudei as fotos e censurei os nomes.

6.2.12

Vocês e seus conceitos modernos

A mim vocês não vão enganar, sei que sou efêmero e que hoje sou o que amanhã não serei mais. No entanto algumas coisas carregamos para sempre conosco, são como cicatrizes, apesar de não doerem mais, elas estão lá para lembrar-nos de um momento de nossas vidas, fazendo parte da sua história e daquilo que você é.
Sou uma pedra bruta que com o tempo vai sendo lapidada, não sou massinha de modelar nas mãos do senso comum.

Quando era pequeno, gostava de ver o Costinha contando piadas de gays, ver o Mussum fazendo o papel do estereótipo de preto sem frescura ou comoção dos órgãos de defesa.
Quando temos orgulho de algo nunca nos sentiremos ofendidos com brincadeiras ou mesmo ofensas, não vejo um milionário se lamentando porque o chamam de fútil, assim era o Mussum como um milionário cheio de melanina, tirando onda do racismo em pleno horário de almoço.

Não adianta ficar gritando nos meus ouvidos que homossexualismo é algo que eu tenha que ver com naturalidade e tentar mudar meu conceito, não há nada que aprecio nele e, isso não deveria ser problema pros homossexuais nem para os liberais, não precisam de minha aprovação, cada um vive sua vida do jeito que quer e não tente evangelizar o outro. Não irei dizer o que é certo para ninguém, até porque eu mesmo não sei.

Esta auto-afirmação coletiva que me irrita. Não vejo problemas em dividir minha mesa de bar com um sujeito pedindo um Cosmopolitan enquanto bebo minha vodca, só quero ter o direito de dizer que não gosto de Cosmopolitan, só quero poder fazer minhas observações jocosas de quem bebe Cosmopolitan, pode falar da minha vodca, se a piada for boa iremos rir juntos e talvez até sermos amigos.


Mas, por favor, não me mostre as fotos de um cachorro mutilado ou morto, poderei até fingir que me importo e fazer algum comentário de apoio, mas na verdade não me importo, não que eu não goste de cachorros, mas entre meus interesses, indignar-se com as maldades praticadas com os animais não é uma delas.

Vamos beber e dar risadas dos outros e não me peça para eu me colocar no lugar da pessoa que estou rindo, aquele ali que caiu no meio do bar não deixará de se levantar só porque eu ri da cara dele, ele irá se recuperar pode contar com isso. Às vezes posso parecer frio como o gelo do meu copo, mas não sou, prefiro crer que eu seja pratico.

Aos 6 anos de idade meu pai me levou na casa da outra mulher dele, me mostrou outro muleque e me disse “Cumprimenta o seu irmão aê!” assim foi nossa apresentação de forma prática, sem carinho na barriga do bebê ou histórias de cegonha.

As minorias são como um filho para a sociedade, aquele filho menor e mais fraco, todos sabem que se passar demais a mão na cabeça dos caçulas, eles acabam ficando mimados.


Escrito por CQCM, que não sentava nas cadeiras da escola que tinham um pinto desenhado de liquid-paper.

18.1.12

Eles precisam de um soco na cara.

Dentro de um ônibus qualquer, um sujeito testa a paciência de todos ouvindo funk em seu celular sem fone, obrigando que os demais passageiros também ouçam aquele estilo desagradável de musica.
Os demais passageiros do ônibus são cidadãos de bem, assalariados que trabalham duro, pagam suas contas, têm um gosto musical melhor, mas apesar de estarem bem incomodados com a musica, não falam nada ao funkeiro, ficam todos cochichando e reclamando da atitude do sujeito, os velhos reclamam com um desconhecido qualquer do lado, os jovens não reclamam, ficam quietinhos e guardam para reclamarem nas redes sociais ou na roda de amigos e assim o funkeiro não ouve reclamação nenhuma, pode até saber que está incomodando os demais passageiros, mas não se importa, ele simplesmente ignora os burburinhos do coletivo e segue sua viagem sem ser incomodado, do contrário dos demais passageiros.

Isso acontece diversas vezes no decorrer do dia e reflete bem a postura dos cidadãos para todos os demais assuntos, são todos covardes, mesmo incomodados com algo o máximo que fazem é reclamar para quem está do lado, escrever em suas redes sociais ou fazer algum tipo de piadinha. Se um covarde desses não têm sequer a atitude simples que é pedir para o infeliz desligar o celular do que eles terão coragem? Depois vêm com um papo politizado achando que tira alguém do Senado com hashtag ou abaixo assinado.

Podem fazer o que quiserem com essa província (isso não é país) qualquer manifestação terá o mesmo efeito dos cochichos nos coletivos, falácias demais e atitudes de menos. A verdade é que para que haja alguma reação por parte dessas pessoas, elas devem ser prejudicadas diretamente, ou seja, seria feito algo somente se o mesmo sujeito que ouvia funk fosse atrás de alguma dessas pessoas e a encoxasse descaradamente, ou seja só agem quando estão perto de serem fodidos – as vezes nem isso.
Tem gente que precisa tomar um soco na cara para se meter em alguma briga, xingar e provocar não adianta.

Atenção! Deixe de ser cuzão, tome uma atitude ou pare de se incomodar à toa.

Quanto a mim? Eu sou aquele no fundo do ônibus com meu fone no ouvido sem ouvir nada e sem o mínimo de incômodo, quero que o mundo pegue fogo!

Escrito por CQCM que não vai compartilhar nem curtir sua piadinha de “Doe um fone para um funkeiro”.
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