É sexta-feira, um dia comum, o vento fresco na rua deixa um clima agradável para a noite, o que resta é sair, se divertir. As garotas se arrumam cedo para poder chegar antes das 12:00 e conseguir pegar a promoção “Ladies Free”, os rapazes se arrumam com seus camisões, suas calças jeans e seus cabelos com gel.
Olhando friamente para esses eventos de reunir grandes conglomerações em um mesmo local, quente, com ventilação precária, amarrotado de gente e com som alto, chamado popularmente de “balada”. É fácil notar os seus tipos, tem a rodinha de garotas coreomaníacas que só param de dançar para ir ao banheiro jogar uma água no rosto e voltar pra pista, elas geralmente chamam a atenção dos marombados que com seu copo na mão, sua ginga de madeira de lei, se aproximam ao lado pra ver se arrumam algo com as garotas.
Thiago encostado na parede, balançando a cabeça no ritmo da musica, que não pára de olhar para os lados pra ver se alguma ninfeta o olha, de repente vê que sim! Tem uma olhando para ele, mesmo assim o rapaz tentando ser esperto olha para trás para ver se realmente é com ele, vê que não tem ninguém atrás dele, mesmo porque ele está no canto da parede, por isso só pode ser pra ele, porém o mane fica lá parado tentando pensar em algo para dizer, acaba por pura covardia ficando lá, o medo dele é ir lá e passar vergonha na frente da turma de amigas que está com ela e decide ficar no bar bebendo o seu filho único (um copo de Whisky que desde que chegou comprou e faz durar até aquela altura, o gelo já até derreteu).
Ricardo tenta beber todas para ver se fica meio alto para poder perder a vergonha e ir para o meio da pista, mas o mané boi é do tipo que não sabe beber e acaba passando vergonha em vez de perde-la, vomita toda merda que bebeu na night até mesmo aquele Halls preto que comprou achando que ia beijar alguém, acaba tendo que sair carregado por Thiago que nesse momento se arrepende de ter acordado para presenciar aquilo, porém a balada está boa, tem gente se divertindo sim, a platéia ri incansavelmente dos manes, Juliana que olhava para Thiago, percebe que ele não é o que ela imaginava, no meio de suas amigas depravadas tenta ver se fisga alguém com dinheiro para poder beber algo do bar e voltar para casa de carro, porém é a mais sem-graça do grupinho de amigas e fica a todo momento olhando aos mais arrumadinhos para ver se eles lhe dão bola, mas nada!
Thiago deixa Ricardo no táxi e volta para dentro com os outros camaradas, vai até trabalhar no dia seguinte, porém não está nem aí, só quer saber de tentar curtir para ver se consegue chegar na firma com alguma história para contar, Thiago e seus amigos fazem uma vaquinha e fecham uma garrafa de Jonnie Walker e ficam na mesa, sentados conversando.
Juliana os olha e vê a garrafa, decide se aproximar, senta ao lado de Thiago que a essa hora já está todo empolgado, mesmo sendo a “sem-graça”, isso levanta seu ego, pois acha que sua beleza a atraiu já que ela o olhava desde antes.
Começaram a conversar, tentando ser educado ele oferece o Whisky, Juliana como não é boba aceita, depois de um certo tempo Thiago vê que ela realmente gosta de whisky, começa o dilema: O assunto começa a acabar, não tem mais o que perguntar, não tem mais o que comentar, ele a olha de rabo-de-olho e disfarça quando ela o olha, ele pensa, pensa e pensa mais um pouco dá uma golada no Whisky dele e pum! Puxa Juliana e começa a beijar, ela corresponde mesmo após tomar um susto com sua atitude, apalpadas no seios, mão nas coxas, eles param um pouco para dar uma bicada no Whisky, os amigos o olham com raiva ele percebe e pensa “Ó os caras tudo com inveja!”, na verdade o problema é que todo mundo pagou a garrafa e ele tava enchendo o rabo da garota de Whisky enquanto eles estavam na primeira dose de 2 dedos, inclusive era para durar a noite inteira, um deles o chama de canto:
-Thiagoo! Cola aí!
-Já volto. Sussurrando para Juliana.
-Que porra é essa Thiago, mêu!?
-Como assim... ela é feia?
-Não isso aí tudo bem, mas você tá dando todo o Whisky pra ela... E o bagulho a gente não vai beber não!?
-Faz... o seguinte mêu, depois eu pago pra vocês a parte de cada um!
-Quê!? Cê tá de brincadeira comigo! Cê vai gastar todo esse dinheiro, por essa vaca.
-Não, aí! A mina troca mó idéia não é dessas aí não, acho que é a primeira vez que ela vem.
-Mano cê que sabe, pode deixar, só não fala que eu não...
-Entendi já!
-Vou descer pra pista com os caras falou aí!
Thiago volta para sua gata e começa conversar de novo, até que o Whisky acaba ele vê que ela começa a jogar indiretas que está com vontade de beber mais um pouco, ele disfarça falando que já beberam demais e mesmo assim estava duro, continuam beijando-se, Juliana pede licença e vai ao banheiro.
Nesse caminho ao banheiro ela já se destaca com suas amigas, que desta vez conseguiram carona, só que precisam sair agora e vão apertadas num Pálio, todas as cinco e mais três rapazes, que já aproveitam para colocar algumas no colo, Juliana desce na estação de metrô, pois é a única que mora longe das outras, salta e se lembra da noite enquanto espera o metrô.
Thiago vê que ela não voltou e fica lá bicudo, todo com raiva, mas mesmo assim sustenta a possibilidade de ter acontecido algo com Juliana, mesmo assim chama o resto dos caras pois já vai pro trabalho de lá mesmo, os caras dizem que vão ficar, então ele vai sozinho pega um táxi, mas quando vai pagar vê que não está com sua carteira acha ter esquecido em algum lugar, desce no metrô pega o bilhete que tinha guardado na palmilha do tênis para não amassar e vai para o trabalho, era a primeira vez em que ia para uma balada.
Saindo do vagão do metrô, ele vê Juliana na sua frente entrando no banheiro, ele a segue a essa altura sua adrenalina já está a mil, está tremendo, com a testa brilhando e a boca extremamente seca, entra no banheiro e vê que estão sozinhos, tranca a porta enquanto ela está no trono sem desconfiar de nada, Thiago arromba a porta do Box com uma “bença” e já saí cobrindo a garota de pancada, bica do pescoço pra cima fez o diabo naquele banheiro de metrô, viu que sua carteira estava com ela e pegou de volta, foi embora como se nada houvesse acontecido deixando a garota desmaiada, toda mijada, cagada, seminua, com vergão até na orelha, boa parte de sua cabeleira arrancada (provavelmente com as mãos) e a palavra “PUTA” escrita em sua testa com um batom.
Juliana acordou num hospital sem nem lembrar-se de quem lhe deu a surra, internada durante uns três dias, as ações foram atribuídas a uma gangue de ‘Skinheads’, já que ela não tinha nenhum inimigo declarado e era morena.
Dias depois ela ligou para Thiago, que ficou assustado, mas mesmo assim deu uma de bobo, explicou toda situação, porém nem desconfiou dele.
Hoje eles são namorados e são facilmente vistos no centro da cidade com uma turminha de punks e às vezes entram em conflito com alguns Skinheads, enfim trocaram seis por meia dúzia!
7 comentários:
Que horror!!! sem comentários, aliás, três:
1> Ele podia ter só escrito "puta" na testa dela, sem dar essa surra toda (qualquer tipo de violência é inválida, seja lá porque for)
2> Ela é uma lerda e ele é pior ainda... Mesmo assim estou confusa se isso não é um final feliz...
3> Sua narrativa sobre a balada lá em cima, me deixou extremamente sufocada... agora sei por que não gosto dessas coisas..
No mais, blog interessante!!
Obrigada pela visita lá no vibrador, volte sempre!!!
PS:... e lendo o "ao leitor" e seus respectivos perfís, nossa!!! Espero que seja apenas sarcasmo e ironia a beira da insensatez... não passem dos limites (não é uma crítica, é um conselho), nada mais prejudicial à inteligência que o excesso de sagacidade...
Traduzindo: gostei pacas, e não me interessa o que vcs acharem vou baixar aqui mais vezes pra bicar vcs... até
CQCM, o texto é ótimo, mas realmente é uma pena que tenha ficado tão grande, sei que você tentou reduzir o máximo, por falar nisso morri de rir com a surra da mina.
Bia, sinceramente a surra que a vagaba tomou valeu a pena, pode ver que ela se tornou uma pessoa melhor depois da surra, ou talvez não já que virou punk. Todo ato enérgico necessita de coragem, isso só leva a uma conclusão: intolerância misturada ao bom senso costuma trazer bons frutos.
Ah, o final não é feliz, aliás é bem infeliz, pois o punk é um idiota derrotado que culpa o sistema pelo seu próprio fracasso.
Olá!
Acho que todo o tipo de leitura é válida. Desde que se tenha um pouco de discernimento.
"Até" a Bruna Surfistinha escreveu um livro. E eu li. Acho importante conhecer-se os dois lados da moeda. Não gosto de pré-julgamentos. Se é pra condenar, então que se conheça a história por inteiro, né..
Quanto ao blog... Nossa! Como vc é revoltado! rs
Gostei bastante.
Beijos!
Kel ninguém é revoltado aqui, só falamos isso para não sermos incomodados.
Quanto ao livro de Surfistinha é uma bosta, não perdi meu tempo lendo, mas já deu para ter uma idéia com o que o Brandão me disse, por falar nisso ela engordou pra caralho, acho que ela não está acostumada com o papai-mamãe basico. Meretriz vagabunda!
esse tipo de baladinha não faz minha cabeça também ... levando em conta que é quase um pré ritual de acasalamento totalmente desnecessário ...
quando ao cara e a "puta"...
cada um pior que o outro ... derrotados
de marca maior ... que como voces falaram ...não admitem nem o proprio fracasso
e quanto a surfistinha ...
realmente ela deu uma inchadinha ...
acho que é o ocio ...
e c.q.c.m ... quanto ao testemunho
podeixar que falarei sim ...
até porque to mais ou menos aonde voce está ... então faço o mesmo pedido a voce ... qualquer coisa fale que eu fazia sucesso com as garotas com direito até a apalpadas nos traseiros ...
e quanto as reticencias ...
é um vicio que estou tentando largar ...
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