1.8.06
Meus Idolos
Toda criança tem seu herói, as vezes até mesmo medíocre mas mesmo assim algumas crianças se espelham em alguém, sempre elas têm alguém para dizer “Quando eu crescer quero ser igual a esse cara” alguns se espelham nos pais, mesmo que sejam aqueles que sumiram depois de algum dia em que saíram para comprar cigarros, alguns nos ídolos da televisão, tais como matadores, lutadores, espiões e tudo mais.
Eu sempre quis ser igual ao Bond, James Bond. Não só pelos carros esportivos, não só pelos trajes de grife, não por “salvar o mundo”, mas sim pelas mulheres, pelas Bond Girls, desde os primeiros até os últimos filmes.
O estilo de vida Bon Vivant me atraia, antes até mesmo das mulheres, a um certo ponto da minha vida comecei a namorar, a garota até era legal, as idéias batiam, sutilmente eu já começava a controlar as roupas que ela iria usar, o jeito de prender o cabelo, as amizades, os costumes, enfim tudo. Claro de um modo bem sutil, sem tom de ordem, as amigas dela diziam para não se deixar dominar, mesmo assim ela já estava na linha e dizia que minha opinião importava mais, uma vida perfeita apesar de uma só mulher.
Isso até a mãe dela descobrir tudo, acontece que meu pai é bem conhecido pelo bairro como galinha e como filho todas as mães já me julgavam pelas atitudes de meu pai, nenhuma mãe que se preze gosta de ver a filha envolvida com alguém mulherengo, fui do céu para o inferno, esculacho pelo telefone, explicações, encontros escondidos, enfim a família dela –com exceção da irmã e dela claro- me odiava, e conseqüentemente a minha família –exceto meus irmãos e eu- odiava ela e família dela, eu me via numa espécie de romance de novela mexicana e na melhor das hipóteses de Romeu & Julieta, como poderia eu um fã de James Bond virar um Romeu? Ficar brigando com a família, com o mundo para ficar com uma garota? Não, não, eu não poderia ficar nessa, foi assim que eu decidi largar esse personagem e partir para seguir o Bond, James Bond. Comecei a seguir a onda de ficar, beijar um dia e no outro dia só olhar na cara se quisesse um replay, caso contrario era como se nada tivesse acontecido, algumas vezes taxado de frio, mas gostava dessa nova fase, depois de um certo tempo percebi que eu estava me atrasando com esse negócio, pois as mesmas que eu catava num dia chegava em outro cara e liberava depois de um breve período de beijos, será que esse era o segredo? Será que eu estava errado em tentar catar a maior quantidade possível só para dizer que peguei e completar meu objetivo de catar a alfabeto inteiro?
Nessa hora eu lembrei de uma citação filosófica de Bolão um velho conhecido que vivia fazendo um pagode raiz com um cavaquinho na mão nas terças-feiras na Praça Polidóro que ficava perto da rua da feira e sempre chamava os muleques para transmitir sua sabedoria, quando lhe perguntei sobre mulheres Bolão me disse: “mulher é que nem macarrão, não é todo dia que se tem, mas quando se tem você tem que enrolar, enrolar, enrolar, enrolar, enrolar, enrolar e comer!”
Mas é claro esse era meu erro, eu não tinha paciência, não investia, por isso não tinha renda, aliás tinha renda, mas protegendo a tão sonhada buceta.
Comecei a seguir os conselhos de Bolão, comecei a enrolar, enrolar, enrolar, enrolar, enrolar, enrolar... Eu só tinha que diferenciar a “arte de enrolar” da “arte de criar laços”, fui conseguindo as coisas gradualmente começando em apalpadas no joelho, terminando no bum-bum, mas ainda com o jeans entre minha mão e aquela deliciosa nádega, senti vontade de abandonar a teoria do enrolar, enrolar, enrolar (...), mas mantive a perseverança, pois a recompensa era grande (pelos menos assim eu a imaginava, pois a garota era japonesa). Depois de quase 1 mês começou a rolar as chamadas dedadas, mal podia acreditar, uma garota sambando em cima do meu dedo, voltava pra casa cheirando o dedo, cada fungada que eu dava mais eu me inspirava e já bolava os planos, já tentava arrumar as casas dos amigos para a transa.
Não demorou muito para eu conseguir o pacote inteiro num mesmo dia: dedada, caí de boca, depois foi a vez dela e finalmente o sexo! Confesso que não foi nada fenomenal, ao contrario foi bem singelo e no final não sabia se eu usava ou não a expressão “Foi bom pra você?” fiquei quieto, saí de lá orgulhoso de cabeça erguida, louco para encontrar alguém para xingar de virgem (sim isso é um xingo).
Iria agradecer ao Bolão se ele não tivesse morrido de cirrose, mas como não era mais possível decidi seguir essa doutrina em sua homenagem, esqueci Bond, James Bond e fiquei na minha, pois a vida não é cinema. A cada nova garota que pegamos é uma buceta totalmente diferente, nunca você irá pegar duas iguais, por isso eu recomendo que provem essa espetacular diversidade, entretanto não vamos ignorar que precisamos de alguém para conversar, alguém que nos entenda, alguém que você não canse de ter ao lado e é aí que me lembro da minha única namorada. O que nos resta decidir do que abrir mão, se bem que tem cara que na dúvida fica com os dois, eu prefiro um só caminho por enquanto fico com a diversidade.
Escrito por CQCM que estava escrevendo sobre política, quando ouviu o verso do pagode “Dig-dig-dig-iê! Dig-dig-dig-iê-ê!” lembrou-se de Bolão e de sua ex.
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3 comentários:
Se lembrou da única namorada...hummm...pareceu bem nostálgico derrepente...rsrsrs
Saudade das visitas para o café menino q come com as mãos...rsrsr
Bom fiim de semana ;)
Hahahahaha
Pedofilia eu CQCM??????? hahahah
Agora o lance do probleminhas...deve ser mesmo algo relacionado a ex...rsrsrsr Vai casa é????? kkkkkkkkkkk
Vou epserar ansiosamente o desabafo...
Pô o velho Bolão, saudades dele! Gostei disso me remeteu aos tempos de ladeira!
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